Não invista em COE antes de entender os riscos e limitações

Não invista em COE antes de entender os riscos e limitações

COE pode parecer um investimento seguro, mas esconde riscos, custos e falta de liquidez. Entenda por que não recomendamos esse produto na Seiko Partners.

Redação Seiko Partners Redação Seiko Partners

O COE, ou Certificado de Operações Estruturadas, é frequentemente apresentado como um investimento seguro, moderno e sofisticado. A promessa de unir proteção de capital com possibilidade de ganhos atrelados a ações, moedas ou índices internacionais parece ideal para quem busca rentabilidade com segurança.

No entanto, na prática, esse produto costuma ser vendido de forma distorcida, mascarando riscos importantes e favorecendo mais quem o oferece do que quem investe.

Na Seiko Partners, não recomendamos o COE por uma série de razões técnicas e éticas. Antes de investir nesse produto, é essencial conhecer suas limitações, riscos e o verdadeiro interesse por trás da sua distribuição.

O que é COE e por que ele é tão popular nos bancos

O COE é um título emitido por bancos que combina uma aplicação em renda fixa com derivativos, estruturando um produto que oferece ao investidor a possibilidade de ganhos condicionados a determinados cenários de mercado. Sua principal proposta é permitir a exposição a ativos como ações, moedas ou índices internacionais, com capital protegido no vencimento.

Esse formato gera grande apelo comercial, principalmente por sugerir que o investidor pode “participar” de mercados sofisticados sem correr riscos significativos. É justamente essa narrativa que o tornou tão popular entre bancos e assessorias. No entanto, a razão por trás de tanta promoção está nos altos comissionamentos pagos aos distribuidores do produto, o que coloca em segundo plano a análise técnica e imparcial que o investidor deveria receber.

Os verdadeiros riscos por trás do COE

Embora vendido como seguro, o COE esconde uma série de riscos e limitações relevantes:

• Baixa ou nenhuma liquidez, o que dificulta o resgate antes do vencimento • Estrutura complexa, que dificulta o entendimento mesmo para investidores experientes • Retorno limitado, mesmo em cenários favoráveis de mercado • Falta de transparência na composição, nos derivativos usados e nos custos embutidos • Conflito de interesse na distribuição, já que a venda do produto é incentivada por comissões, não por mérito técnico

Esses fatores tornam o COE um produto arriscado, principalmente para investidores que buscam clareza, controle e liquidez.

Leia também: Como começar a investir e escolher as melhores opções para o seu perfil

Quem realmente se beneficia com o COE?

O COE é estruturado para beneficiar principalmente quem o vende. Bancos e assessorias recebem comissões generosas pela distribuição, o que cria um forte incentivo comercial. Em muitos casos, o investidor é convencido a aplicar sem compreender integralmente os riscos envolvidos ou o real funcionamento do produto.

Além disso, o investidor frequentemente fica preso ao COE por anos, sem liquidez e sem clareza sobre os custos efetivos da operação. Mesmo com risco envolvido, se o cenário projetado não se concretizar, o retorno pode ser zero. Isso evidencia a falta de alinhamento entre o interesse de quem vende e o objetivo de quem investe.

Existe alguma situação em que o COE pode valer a pena?

Apesar das limitações, o COE pode ser considerado em situações muito específicas. Investidores com alta tolerância à iliquidez, bom entendimento técnico e interesse por estruturas personalizadas podem utilizar o COE como parte de uma estratégia mais ampla. No entanto, mesmo nesses casos, é fundamental que o produto seja desenhado fora da prateleira padrão dos bancos e acompanhado por um profissional técnico e independente.

Na maioria das situações, há alternativas mais eficientes, líquidas e transparentes para atingir objetivos similares com menos riscos ocultos.

O que a Seiko Partners recomenda no lugar de um COE

Na Seiko Partners, estruturamos estratégias de diversificação e proteção com base em análises técnicas, independência e total alinhamento com os interesses dos nossos clientes. Diferente das assessorias e bancos, não recebemos comissões por produtos, o que nos permite recomendar apenas o que realmente faz sentido para o investidor.

Entre as alternativas ao COE, destacamos:

• Alocação em ativos internacionais reais, com exposição direta a economias globais • Hedge cambial ou de mercado feito com ETFs e fundos líquidos • Estratégias com renda fixa híbrida, pós-fixada ou atrelada à inflação • Acompanhamento contínuo de cenário macroeconômico para ajustar risco e retorno conforme o contexto

Essas opções oferecem mais clareza, controle e flexibilidade ao investidor, respeitando seu perfil e objetivos financeiros.

Reflita antes de investir

O COE é um produto que costuma favorecer mais quem o distribui do que quem investe. Seu apelo de capital protegido e acesso a ativos sofisticados muitas vezes esconde riscos de iliquidez, retorno limitado e conflitos de interesse. Na Seiko Partners, acreditamos que investir com consciência exige informação clara, isenção técnica e estratégias ajustadas ao perfil do cliente.

Antes de investir em produtos de prateleira, fale com quem não ganha comissão para te orientar. Agende uma conversa com nossos consultores e descubra como montar uma carteira sólida, transparente e eficiente.